Secretaria de Governo e Reparação

02/07/2025

O prefeito de Brumadinho, Gabriel Parreiras, realizou na última terça-feira (1°), ao lado de secretários municipais, uma navegação pelo Rio Paraopeba - principal fonte de abastecimento para quase 50 cidades. O objetivo foi acompanhar de perto o cenário de abandono e a persistente contaminação das águas, consequência direta do rompimento da barragem da Vale, em 2019.

Seis anos após o maior crime socioambiental da história do Brasil, Brumadinho ainda carrega cicatrizes profundas. Apesar dos esforços para reerguer a cidade, a realidade é de dor contínua: famílias ainda lutam por justiça, e o município segue enfrentando os impactos da lama tóxica despejada no solo da cidade. O cenário no Paraopeba é desolador.

A tragédia causada pela mineradora Vale matou 272 pessoas e despejou 13 milhões de metros cúbicos de rejeitos de mineração no rio, destruiu ecossistemas, afetou comunidades inteiras e tornou a água imprópria para o consumo humano e animal. A morte do Rio Paraopeba não é apenas ambiental — é social, econômica e humana.

Durante a navegação, o prefeito Gabriel Parreiras observou a lentidão das ações de recuperação e destacou a ausência de medidas eficazes por parte da mineradora. “É inaceitável que, após tanto tempo, ainda não tenhamos uma solução definitiva. Brumadinho está sendo revitimizada dia após dia pela negligência e pela impunidade”, afirmou Parreiras.

“Os danos ambientais são incalculáveis e nada foi feito. Também não podemos ignorar que, a cada temporada de chuvas, a situação se torna uma tortura. O rio está assoreado e, se antes havia enchentes de água e barro, hoje há enxurradas contaminadas por rejeitos da Vale, invadindo casas, quintais, hortas, comércios e atingindo pessoas”, disse o secretário de Governo e Reparação, Guilherme Morais.

Água contaminada

Um estudo realizado pela Fiocruz, para avaliar os potenciais riscos à saúde detectou altos níveis de metais pesados, como  chumbo, arsênio, manganês, mercúrio e cádmio. Mesmo diante desses dados alarmantes, não há movimentações concretas para reverter a situação do rio.

A cada dia em que o Rio Paraopeba permanece assoreado, poluído, milhares de pessoas continuam privadas de um direito básico: a água limpa. “O que se vê é um ciclo de sofrimento alimentado pela morosidade da justiça e pela omissão das autoridades responsáveis por garantir a reparação”, completou, Morais.

Acompanhando o prefeito ainda estavam os secretários de Saúde, Cinthya Pedrosa; Meio Ambiente, Daniel Hilário, Planejamento e Coordenação, Pedro Carvalho e o Procurador-Geral do Município, Dalvo Bemfeito. 

 

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